“O gênio da América Latina dentro de um livro. Em resumo, uma obra de arte em todos e cada um dos sentidos da palavra.” – Zona Negativa
Jorge Luis Borges, Gabriel García Márquez, Juan Rulfo, Alejo Carpentier, Juan Carlos Onetti e Horacio Quiroga… Versões reúne os contos de alguns dos maiores escritores latino-americanos, adaptados em HQs desenhadas pelo mais importante quadrinista do continente: Alberto Breccia.
Com a ajuda de Carlos Trillo e Juan Sasturain, dois dos mais célebres roteiristas argentinos, Breccia alterna seu estilo, traduzindo sempre com maestria o espírito de cada conto. O resultado em “A Galinha Degolada” (de Quiroga), por exemplo, é considerado por muitos o ápice de Breccia.
Um livro aclamado como um monumento na história dos quadrinhos e um delicioso passeio pela literatura latino-americana do Século XX.
Frases de imprensa
“Uma obra na qual a grande literatura se converte em quadrinhos cheios de sensibilidade, onde o estilo de Breccia se adapta à perfeição a atmosfera de cada relato.” – La Vanguardia
“O paradoxo dessas adaptações reside no fato de que Breccia, sendo completamente fiel ao enredo original, transmuta a percepção original dos contos de maneira tão radical que acaba por se tornar coautor de cada um deles.” – Arthur Dantas, Universo HQ
Sobre os autores:
Alberto Breccia nasceu em 1919, no Uruguai, e se mudou com a família para os subúrbios de Buenos Aires aos três anos de idade. Trabalhou por anos em matadouros, antes de conseguir se sustentar como ilustrador. Seu trabalho inicial era muito influenciado pelas tiras norte-americanas de ação, de nomes como Milton Caniff e Alex Raymond.
Nos anos 1950, começa a colaborar com quadrinhos para a editora Frontiera Editorial, então dirigida pelo roteirista Héctor G. Oesterheld, que iniciava uma revolução nos quadrinhos argentinos. O grupo reunido por Oesterheld incluía o italiano expatriado Hugo Pratt, criador do Corto Maltese. Com Oesterheld, Breccia produziria alguns de seus trabalhos mais famosos, como Mort Cinder (Figura, 2019), O Eternauta 1969 (Comix Zone, 2020) e Che (Comix Zone, 2021), este último feito em parceria com seu filho, Enrique Breccia (autor de A Guerra do Deserto, Veneta, 2021).
Um de seus principais admiradores e difusor de sua obra nos EUA, Frank Miller já declarou diversas vezes que o trabalho de Breccia representou “o início dos quadrinhos modernos”.
Faleceu em 1993, em Buenos Aires, aos 74 anos.
Carlos Trillo nasceu em Buenos Aires, em 1943. Começou a publicar aos 20 anos na revista Misterix e passou os anos seguintes trabalhando com textos humorísticos e redação publicitária.
Em 1974, publica, na revista Mengano, o primeiro capítulo de Um Tal Daneri (Comix Zone, 2021), sua primeira parceria com Breccia. Entre 1976 e 1983 realiza uma vasta produção, tendo como principais parceiros Domingos Mandrafina, Alberto Breccia, Enrique Breccia e Horacio Altuna, consolidando-se como um dos mais importantes roteirista de sua época. E em 1984, recebe o Prêmio de Melhor Roteirista no Salón Internacional del Comic de Barcelona.
Nas décadas de 1990 e 2000, direciona sua carreira especialmente ao mercado italiano e franco-belga, mas também participa ativamente da segunda fase da revista argentina Fierro. Em 98 é premiado no Festival de Angoulême pelo roteiro de A Grande Farsa (Comix Zone, 2020), e em 2009 repete o prêmio com A Herança do Coronel (Comix Zone, 2022), ilustrado por Lucas Varela.
Faleceu em Londres, em 2011, aos 68 anos.
Juan Sasturain nasceu em 1945, no interior da província de Buenos Aires. Iniciou uma carreira como jogador de futebol, mas abandonou os campos para se tornar professor universitário de literatura, profissão que exerceu até ser afastado pela ditadura argentina.
Escreveu em diversos jornais e revistas satíricas, principalmente sobre suas duas maiores paixões: os quadrinhos e o futebol. Em 1981, conheceu Alberto Breccia, trabalhando com ele no roteiro de Perramus (Figura, 2021). Entre 1984 e 1988, foi diretor de redação da célebre revista Fierro. Publicou diversos romances e livros de contos, apresentou dois programas de TV sobre arte e dirigiu a coluna esportiva do jornal Página/12.
Em 2020 foi nomeado diretor da Biblioteca Nacional Mariano Moreno.
80 páginas
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